terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Casa no Campo -- Elis Regina



Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
Meu filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
E nada mais



sábado, 17 de dezembro de 2011

Someone Like You -- Adele




Someone Like You

I heard that you're settled down
That you found a girl and you're married now
I heard that your dreams came true
Guess she gave you things, I didn't give to you

Old friend
Why are you so shy
It ain't like you to hold back
Or hide from the light

I hate to turn up out of the blue uninvited
But I couldn't stay away, I couldn't fight it
I hoped you'd see my face and that you'd be reminded
That for me, it isn't over

Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you, too
Don't forget me, I beg, I remember you said
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead, yeah

You'd know how the time flies
Only yesterday was the time of our lives
We were born and raised in a summery haze
Bound by the surprise of our glory days

I hate to turn up out of the blue uninvited
But I couldn't stay away, I couldn't fight it
I hoped you'd see my face and that you'd be reminded
That for me, it isn't over yet

Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you, too
Don't forget me, I beg, I remember you said
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead, yeah

Nothing compares, no worries or cares
Regrets and mistakes they're memories made
Who would have known how bitter-sweet this would taste

Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you, too
Don't forget me, I beg, I remembered you said
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead

Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you, too
Don't forget me, I beg, I remembered you said
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead, yeah, yeah

Alguém Como Você

Eu soube que você sossegou
Que você encontrou uma garota e agora está casado
Eu soube que seus sonhos se realizaram
Acho que ela lhe deu coisas que eu não lhe dei

Velho amigo
Por que está tão tímido
Não é a sua cara se conter
Ou se esconder da luz

Eu odeio aparecer do nada, sem ser convidada
Mas eu não pude ficar longe, não consegui evitar
Eu tinha esperança esperança de que você me olhasse e se lembrasse
De que pra mim, não acabou

Deixa pra lá, eu vou encontrar alguém como você
Não desejo nada além do melhor para você, também
Não me esqueça, eu imploro, eu lembro você dizer:
Às vezes, o amor dura
Mas, às vezes, ao contrário, ele fere.
Às vezes o amor dura,
Mas, às vezes, ao contrário, ele fere

Você saberia como o tempo voa
Somente ontem foi o tempo das nossas vidas
Nós nascemos e fomos criados numa neblina de verão
Unidos pela surpresa dos nossos dias de glória

Eu odeio aparecer de repente sem ser convidada
Mas eu não pude ficar longe, não consegui evitar
Eu tinha esperança de que você veria meu rosto e que você se lembraria
De que pra mim não acabou

Deixa pra lá, eu vou encontrar alguém como você
Não desejo nada além do melhor para você, também
Não me esqueça, eu imploro, eu lembro você dizer:
Às vezes, o amor dura
Mas, às vezes, ao contrário, ele fere.

Nada se compara, não se preocupe ou se importe
Lamentações e erros são produtos da memória
Quem poderia ter adivinhado o gosto agridoce que isso teria?

Deixa pra lá, eu vou encontrar alguém como você
Não desejo nada além do melhor para você, também
Não me esqueça, eu imploro, eu lembro você dizer:
Às vezes, o amor dura
Mas, às vezes, ao contrário, ele fere.

Deixa pra lá, eu vou encontrar alguém como você
Não desejo nada além do melhor para você, também
Não me esqueça, eu imploro, eu lembro você dizer:
Às vezes, o amor dura
Mas, às vezes, ao contrário, ele fere.
Às vezes o amor dura,
Mas, às vezes, ao contrário, ele fere

sábado, 3 de dezembro de 2011

Nunca Pare de Lutar



O que vem pra tentar ferir

O valente de Deus
Em meio às suas guerras?
Que ataque é capaz
De fazê-lo olhar pra trás
E querer desistir?
Que terrível arma é
Usada pra tentar paralisar sua fé?
Cansaço, desânimo
Logo após uma vitória
A mistura de um desgaste com um contra-ataque do mal
A dor de uma perda, ou a dor da traição
Uma quebra de aliança, que é raiz da ingratidão
Se alguém está assim, preste muita atenção
Ouça o que vem do coração de Deus:
Em tempos de guerra, nunca pare de lutar
Não baixe a guarda, nunca pare de lutar
Em tempos de guerra, nunca pare de adorar
Libera a Palavra, profetiza sem parar
O escape, o descanso, a cura
A recompensa vem sem demora
             Ludmila Ferber

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Tocando em Frente


Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte,
Mais feliz, quem sabe
Só levo a certeza
De que muito pouco sei,
Ou nada sei
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
Estrada eu sou
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Todo mundo ama um dia,
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
E no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Como Nossos Pais -- Elis Regina



Não quero lhe falar,
Meu grande amor,
Das coisas que aprendi
Nos discos...
Quero lhe contar como eu vivi
E tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor
É uma coisa boa
Mas também sei
Que qualquer canto
É menor do que a vida
De qualquer pessoa...
Por isso cuidado meu bem
Há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal
Está fechado prá nós
Que somos jovens...
Para abraçar seu irmão
E beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço,
O seu lábio e a sua voz...
Você me pergunta
Pela minha paixão
Digo que estou encantada
Como uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade
Não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento
Cheiro de nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva
Do meu coração...
Já faz tempo
Eu vi você na rua
Cabelo ao vento
Gente jovem reunida
Na parede da memória
Essa lembrança
É o quadro que dói mais...
Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais...
Nossos ídolos
Ainda são os mesmos
E as aparências
Não enganam não
Você diz que depois deles
Não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer
Que eu tô por fora
Ou então
Que eu tô inventando...
Mas é você
Que ama o passado
E que não vê
É você
Que ama o passado
E que não vê
Que o novo sempre vem...
Hoje eu sei
Que quem me deu a idéia
De uma nova consciência
E juventude
Tá em casa
Guardado por Deus
Contando vil metal...
Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo, tudo,
Tudo o que fizemos
Nós ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Como os nossos pais...

sábado, 19 de novembro de 2011

Chão de Giz


Eu desço dessa solidão
Espalho coisas sobre
Um Chão de Giz
Há meros devaneios tolos
A me torturar
Fotografias recortadas
Em jornais de folhas
Amiúde!
Eu vou te jogar
Num pano de guardar confetes
Eu vou te jogar
Num pano de guardar confetes...
Disparo balas de canhão
É inútil, pois existe
Um grão-vizir
Há tantas violetas velhas
Sem um colibri
Queria usar quem sabe
Uma camisa de força
Ou de vênus
Mas não vou gozar de nós
Apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar
Gastando assim o meu batom...
Agora pego
Um caminhão na lona
Vou a nocaute outra vez
Prá sempre fui acorrentado
No seu calcanhar
Meus vinte anos de "boy"
That's over, baby!
Freud explica...
Não vou me sujar
Fumando apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar
Gastando assim o meu batom
Quanto ao pano dos confetes
Já passou meu carnaval
E isso explica porque o sexo
É assunto popular...
No mais estou indo embora!
No mais estou indo embora!
No mais estou indo embora!
No mais!...

Desvendando Chão de Giz

Eu desço dessa solidão
Espalho coisas sobre
Um Chão de Giz

TEM DIAS QUE DÁ VONTADE DE SAIR DO LUGAR DE PESSOA SOZINHA E SE JOGAR NOS BRAÇOS DE TODAS AS PESSOAS QUE MAMIFESTAM INTERESSE POR NÓS, MAS O CHÃO DELAS É DE GIZ E O GIZ APAGA-SE FACILMENTE.


Há meros devaneios tolos
A me torturar

DAÍ ENTÃO VEM AS ALUCINAÇÕERS E VIAGENS RIDÍCULAS TIPO SUICIDIO OU FUGAS INCONTROLÁVEIS.


Fotografias recortadas
Em jornais de folhas
Amiúde!
COMO SE NOSSA VIDA FOSSE UMA COLEÇÃO DE FOTOS ONDE SÓ SE MOSTRA O LADO BELO DAS COISAS.

Eu vou te jogar
Num pano de guardar confetes
Eu vou te jogar
Num pano de guardar confetes...
DAÍ ENTÃO VEM A VONTADE DE JOGAR NOSSO AMOR E AMANTE EM UM LUGAR ONDE SÓ EXISTE ALEGRIA E CARNAVAL.

Disparo balas de canhão
É inútil, pois existe
Um grão-vizir
PRA QUÊ SOLTAR TIROS PARA LADOS ESCUROS, TIROS IMENSOS, GRITOS E PEDIDOS DE AJUDA? EXISTE ALGUÉM QUE CORDENA A GUERRA ENTRE NÓS E NOSSOS SENTIMENTOS. E ESTE ALGUÉM NÃO É A GENTE MESMO.

Há tantas violetas velhas
Sem um colibri
QUANDO EM NOSSO JARDIM AS FLORES MURCHAM E OS PASSARINHOS NÃO VEM MAIS BRINCAR NELAS.
Queria usar quem sabe
Uma camisa de força
Ou de vênus

É NESSA HORA QUE DÁ VONTADE DE ENLOUQUECER E FAZER LOUCURAS, OU PELO MENOS VINGAR NO SEXO CONTIDO A FURIA QUE SE TEM POR VIDA.
Mas não vou gozar de nós
Apenas um cigarro

MAS PRÁ QUE, SE NA VERDADE SEXO É COMO CIGARRO, QUE ACABA RAPIDAMENTE.
Nem vou lhe beijar
Gastando assim o meu batom...

E PORQUE DEIXAR NOS LÁBIOS DE QUEM NÃO NOS AMA, O NOSSO MAIS ÍNTIMO GOSTO DO BEIJO VERDADEIRO.?


Agora pego
Um caminhão na lona
Vou a nocaute outra vez
AÍ A GENTE PENSA EM SAIR E DAR UMAS VOLTAS, MAS CAIMOS NA PRIMEIRA ESQUINA, PRINCIPALMENTE COMO UMA LONA, TENTARMOS ENCOBIR AS NOSSA DORES ÍNTIMAS.



Prá sempre fui acorrentado
No seu calcanhar
ASSIM DESCOBRIMOS QUE ESTAMOS SEMPRE SUBMISSOS AS PESSOAS QUE AMAMOS. SEMPRE AOS PÉS DELAS.

Meus vinte anos de "boy"
That's over, baby!
Freud explica...
E QUE OS NOSSOS TEMPOS DE GLAMOUR, PAQUERAS E CURTIÇÕES CAIRAM NAS MALHAS DA PSICOLOGIA E PRECISAMOS DE UM PROFISSIONAL PARA NOS ESCLARECER.

Não vou me sujar
Fumando apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar
Gastando assim o meu batom
Quanto ao pano dos confetes
Já passou meu carnaval
AGORA EU JÁ NÃO GUARDO MAIS NINGUÉM EM LUGARES ALEGRES, POIS APÓS O CARNAVAL É SEMPRE UM DIA COMUM E TUDO VOLTA A SUA FORMA ANTIGA.

E isso explica porque o sexo
É assunto popular...
E É JUSTAMENTE POR SER UM DIA COMUM QUE O SEXO VIROU COISA DE FOLHETINS E CONVERSAS DE BOTECO.

No mais estou indo embora!
No mais estou indo embora!
No mais estou indo embora!
No mais!...
SE FOR PENSAR BEM, O TEMPO PASSA E TODOS ESTAMOS, SEMPRE PARTINDO. INDO PARA OUTRO LUGAR, OUTRA VIDA E OUTROS CAMINHOS.CADA DIA QUE SE PASSA É UM PASSO A MAIS RUMO AO NOSSO FIM.

Ai a mensagem que existe por trás desta tão complicada poesia de ZÉ RAMALHO

Laços de Ternura



Simples assim, amizades não devem ser amarradas por nós, precisam ser sustentadas através de laços.
Mas laços são frágeis, podem se desfazer a qualquer momento com um simples toque ou um rápido movimento.

Ao mesmo tempo sabemos que existem laços muito bem dados, com capricho, com carinho e que se tornam tão seguros que mais parecem nós.
 Mas não se parecem com nós que apertam, que prendem, que são impossíveis de se desfazer.

Amizade é algo que precisa de liberdade e ao mesmo tempo de segurança e um laço bem dado
pode ser desfeito a qualquer momento, mas pode também durar uma vida toda, basta ser muito bem cuidado.
De qualquer forma não podemos esquecer que certos nós também podem ser defeitos, aliás rapidamente desfeitos, algumas pessoas são especialistas nisso.

Digo tudo isso pensando em amizades que mais se parecem com obrigação e que vão se sustentando amarradas por nós enquanto o tempo vai esvaziando-as.
Um amigo verdadeiro não nos suga, não tripudia em cima de nós, não vive a mercê apenas dos seus próprios interesses, não exige, não impede o nosso direito de ir e vir.

Mas algumas amizades arrastam-se por aí amarradas por um nó, dependentes e em nome de um passado que se bem analisado não foi assim tão verídico. 
A vida passa e com o tempo conseguimos enxergar determinadas coisas que anteriormente não era possível. O ser humano tem mesmo a fraqueza de colocar vendas nos olhos quando se encanta com alguém.

Não que amigos não possam ter defeitos, mas seus defeitos não podem ser direcionados a nós com o intuito de nos contrariar e prejudicar.
Já dizia o velho ditado - o tempo mostra quem é quem e ninguém é capaz de se disfarçar a vida toda em alguém que não é.

Crie laços com as pessoas que te fazem bem, que lhe parecem verdadeiras e desfaça os nós que lhe prendem àquelas que foram significativas na sua vida  mas infelizmente, por vontade própria, deixaram de ser.
Nó aperta, laço enfeita... simples assim.

sábado, 12 de novembro de 2011

O Xote da Meninas

Mandacaru
Quando fulora na seca
É o siná que a chuva chega
No sertão
Toda menina que enjôa
Da boneca
É siná que o amor
Já chegou no coração...
Meia comprida
Não quer mais sapato baixo
Vestido bem cintado
Não quer mais vestir chitão...
Ela só quer
Só pensa em namorar
Ela só quer
Só pensa em namorar...
De manhã cedo já tá pintada
Só vive suspirando
Sonhando acordada
O pai leva ao dotô
A filha adoentada
Não come, nem estuda
Não dorme, não quer nada...
Ela só quer
Só pensa em namorar
Ela só quer
Só pensa em namorar...
Mas o dotô nem examina
Chamando o pai do lado
Lhe diz logo em surdina
Que o mal é da idade
Que prá tal menina
Não tem um só remédio
Em toda medicina...
Ela só quer
Só pensa em namorar
Ela só quer
Só pensa em namorar...
Mandacaru
Quando fulora na seca
É o sinal que a chuva chega
No sertão
Toda menina que enjôa
Da boneca
É sinal que o amor
Já chegou no coração...
Meia comprida
Não quer mais sapato baixo
Vestido bem cintado
Não quer mais vestir de mão...
Ela só quer
Só pensa em namorar
Ela só quer
Só pensa em namorar...
De manhã cedo já está pintada
Só vive suspirando
Sonhando acordada
O pai leva ao doutor
A filha adoentada
Não come, num estuda
Num dorme, num quer nada...
Porque ela só quer, hum!
Porque ela só quer
Só pensa em namorar...
Mas o doutô nem examina
Chamando o pai do lado
Lhe diz logo em surdina
Que o mal é da idade
E que prá tal menina
Não tem um só remédio
Em toda medicina...
Porque ela só quer, oh!
Mas porque ela só quer, ai!
Mas porque ela só quer
Oi, oi, oi!
Ela só quer
Só pensa em namorar
Mas porque ela só quer
Só pensa em namorar
Ela só quer
Só pensa em namorar...