Eu quero uma casa no campo Onde eu possa compor muitos rocks rurais E tenha somente a certeza Dos amigos do peito e nada mais Eu quero uma casa no campo Onde eu possa ficar no tamanho da paz E tenha somente a certeza Dos limites do corpo e nada mais Eu quero carneiros e cabras pastando solenes No meu jardim Eu quero o silêncio das línguas cansadas Eu quero a esperança de óculos Meu filho de cuca legal Eu quero plantar e colher com a mão A pimenta e o sal Eu quero uma casa no campo Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé Onde eu possa plantar meus amigos Meus discos e livros E nada mais
Que ataque é capaz
De fazê-lo olhar pra trás
E querer desistir?
Que terrível arma é
Usada pra tentar paralisar sua fé?
Cansaço, desânimo
Logo após uma vitória
A mistura de um desgaste com um contra-ataque do mal
A dor de uma perda, ou a dor da traição
Uma quebra de aliança, que é raiz da ingratidão
Se alguém está assim, preste muita atenção
Ouça o que vem do coração de Deus:
Em tempos de guerra, nunca pare de lutar
Não baixe a guarda, nunca pare de lutar
Em tempos de guerra, nunca pare de adorar
Libera a Palavra, profetiza sem parar
O escape, o descanso, a cura
A recompensa vem sem demora
Não quero lhe falar,
Meu grande amor,
Das coisas que aprendi
Nos discos...
Quero lhe contar como eu vivi
E tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor
É uma coisa boa
Mas também sei
Que qualquer canto
É menor do que a vida
De qualquer pessoa...
Por isso cuidado meu bem
Há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal
Está fechado prá nós
Que somos jovens...
Para abraçar seu irmão
E beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço,
O seu lábio e a sua voz...
Você me pergunta
Pela minha paixão
Digo que estou encantada
Como uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade
Não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento
Cheiro de nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva
Do meu coração...
Já faz tempo
Eu vi você na rua
Cabelo ao vento
Gente jovem reunida
Na parede da memória
Essa lembrança
É o quadro que dói mais...
Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais...
Nossos ídolos
Ainda são os mesmos
E as aparências
Não enganam não
Você diz que depois deles
Não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer
Que eu tô por fora
Ou então
Que eu tô inventando...
Mas é você
Que ama o passado
E que não vê
É você
Que ama o passado
E que não vê
Que o novo sempre vem...
Hoje eu sei
Que quem me deu a idéia
De uma nova consciência
E juventude
Tá em casa
Guardado por Deus
Contando vil metal...
Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo, tudo,
Tudo o que fizemos
Nós ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Como os nossos pais...
Um Chão de Giz
Há meros devaneios tolos
A me torturar
Fotografias recortadas
Em jornais de folhas
Amiúde!
Eu vou te jogar
Num pano de guardar confetes
Eu vou te jogar
Num pano de guardar confetes...
Disparo balas de canhão
É inútil, pois existe
Um grão-vizir
Há tantas violetas velhas
Sem um colibri
Queria usar quem sabe
Uma camisa de força
Ou de vênus
Mas não vou gozar de nós
Apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar
Gastando assim o meu batom...
Agora pego
Um caminhão na lona
Vou a nocaute outra vez
Prá sempre fui acorrentado
No seu calcanhar
Meus vinte anos de "boy"
That's over, baby!
Freud explica...
Não vou me sujar
Fumando apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar
Gastando assim o meu batom
Quanto ao pano dos confetes
Já passou meu carnaval
E isso explica porque o sexo
É assunto popular...
No mais estou indo embora!
No mais estou indo embora!
No mais estou indo embora!
No mais!...
Eu desço dessa solidão Espalho coisas sobre Um Chão de Giz TEM DIAS QUE DÁ VONTADE DE SAIR DO LUGAR DE PESSOA SOZINHA E SE JOGAR NOS BRAÇOS DE TODAS AS PESSOAS QUE MAMIFESTAM INTERESSE POR NÓS, MAS O CHÃO DELAS É DE GIZ E O GIZ APAGA-SE FACILMENTE.
Há meros devaneios tolos A me torturar DAÍ ENTÃO VEM AS ALUCINAÇÕERS E VIAGENS RIDÍCULAS TIPO SUICIDIO OU FUGAS INCONTROLÁVEIS.
Fotografias recortadas Em jornais de folhas Amiúde! COMO SE NOSSA VIDA FOSSE UMA COLEÇÃO DE FOTOS ONDE SÓ SE MOSTRA O LADO BELO DAS COISAS.
Eu vou te jogar Num pano de guardar confetes Eu vou te jogar Num pano de guardar confetes... DAÍ ENTÃO VEM A VONTADE DE JOGAR NOSSO AMOR E AMANTE EM UM LUGAR ONDE SÓ EXISTE ALEGRIA E CARNAVAL.
Disparo balas de canhão É inútil, pois existe Um grão-vizir PRA QUÊ SOLTAR TIROS PARA LADOS ESCUROS, TIROS IMENSOS, GRITOS E PEDIDOS DE AJUDA? EXISTE ALGUÉM QUE CORDENA A GUERRA ENTRE NÓS E NOSSOS SENTIMENTOS. E ESTE ALGUÉM NÃO É A GENTE MESMO.
Há tantas violetas velhas Sem um colibri QUANDO EM NOSSO JARDIM AS FLORES MURCHAM E OS PASSARINHOS NÃO VEM MAIS BRINCAR NELAS. Queria usar quem sabe Uma camisa de força Ou de vênus
É NESSA HORA QUE DÁ VONTADE DE ENLOUQUECER E FAZER LOUCURAS, OU PELO MENOS VINGAR NO SEXO CONTIDO A FURIA QUE SE TEM POR VIDA. Mas não vou gozar de nós Apenas um cigarro
MAS PRÁ QUE, SE NA VERDADE SEXO É COMO CIGARRO, QUE ACABA RAPIDAMENTE. Nem vou lhe beijar Gastando assim o meu batom...
E PORQUE DEIXAR NOS LÁBIOS DE QUEM NÃO NOS AMA, O NOSSO MAIS ÍNTIMO GOSTO DO BEIJO VERDADEIRO.?
Agora pego Um caminhão na lona Vou a nocaute outra vez AÍ A GENTE PENSA EM SAIR E DAR UMAS VOLTAS, MAS CAIMOS NA PRIMEIRA ESQUINA, PRINCIPALMENTE COMO UMA LONA, TENTARMOS ENCOBIR AS NOSSA DORES ÍNTIMAS.
Prá sempre fui acorrentado No seu calcanhar ASSIM DESCOBRIMOS QUE ESTAMOS SEMPRE SUBMISSOS AS PESSOAS QUE AMAMOS. SEMPRE AOS PÉS DELAS.
Meus vinte anos de "boy" That's over, baby! Freud explica... E QUE OS NOSSOS TEMPOS DE GLAMOUR, PAQUERAS E CURTIÇÕES CAIRAM NAS MALHAS DA PSICOLOGIA E PRECISAMOS DE UM PROFISSIONAL PARA NOS ESCLARECER.
Não vou me sujar Fumando apenas um cigarro Nem vou lhe beijar Gastando assim o meu batom Quanto ao pano dos confetes Já passou meu carnaval AGORA EU JÁ NÃO GUARDO MAIS NINGUÉM EM LUGARES ALEGRES, POIS APÓS O CARNAVAL É SEMPRE UM DIA COMUM E TUDO VOLTA A SUA FORMA ANTIGA.
E isso explica porque o sexo É assunto popular... E É JUSTAMENTE POR SER UM DIA COMUM QUE O SEXO VIROU COISA DE FOLHETINS E CONVERSAS DE BOTECO.
No mais estou indo embora! No mais estou indo embora! No mais estou indo embora! No mais!... SE FOR PENSAR BEM, O TEMPO PASSA E TODOS ESTAMOS, SEMPRE PARTINDO. INDO PARA OUTRO LUGAR, OUTRA VIDA E OUTROS CAMINHOS.CADA DIA QUE SE PASSA É UM PASSO A MAIS RUMO AO NOSSO FIM.
Ai a mensagem que existe por trás desta tão complicada poesia de ZÉ RAMALHO
Simples assim, amizades não devem ser amarradas por nós, precisam ser sustentadas através de laços.
Mas laços são frágeis, podem se desfazer a qualquer momento com um simples toque ou um rápido movimento.
Ao mesmo tempo sabemos que existem laços muito bem dados, com capricho, com carinho e que se tornam tão seguros que mais parecem nós.
Mas não se parecem com nós que apertam, que prendem, que são impossíveis de se desfazer.
Amizade é algo que precisa de liberdade e ao mesmo tempo de segurança e um laço bem dado
pode ser desfeito a qualquer momento, mas pode também durar uma vida toda, basta ser muito bem cuidado.
De qualquer forma não podemos esquecer que certos nós também podem ser defeitos, aliás rapidamente desfeitos, algumas pessoas são especialistas nisso.
Digo tudo isso pensando em amizades que mais se parecem com obrigação e que vão se sustentando amarradas por nós enquanto o tempo vai esvaziando-as.
Um amigo verdadeiro não nos suga, não tripudia em cima de nós, não vive a mercê apenas dos seus próprios interesses, não exige, não impede o nosso direito de ir e vir.
Mas algumas amizades arrastam-se por aí amarradas por um nó, dependentes e em nome de um passado que se bem analisado não foi assim tão verídico.
A vida passa e com o tempo conseguimos enxergar determinadas coisas que anteriormente não era possível. O ser humano tem mesmo a fraqueza de colocar vendas nos olhos quando se encanta com alguém.
Não que amigos não possam ter defeitos, mas seus defeitos não podem ser direcionados a nós com o intuito de nos contrariar e prejudicar.
Já dizia o velho ditado - o tempo mostra quem é quem e ninguém é capaz de se disfarçar a vida toda em alguém que não é.
Crie laços com as pessoas que te fazem bem, que lhe parecem verdadeiras e desfaça os nós que lhe prendem àquelas que foram significativas na sua vida mas infelizmente, por vontade própria, deixaram de ser.
Mandacaru
Quando fulora na seca
É o siná que a chuva chega
No sertão
Toda menina que enjôa
Da boneca
É siná que o amor
Já chegou no coração...
Meia comprida
Não quer mais sapato baixo
Vestido bem cintado
Não quer mais vestir chitão...
Ela só quer
Só pensa em namorar
Ela só quer
Só pensa em namorar...
De manhã cedo já tá pintada
Só vive suspirando
Sonhando acordada
O pai leva ao dotô
A filha adoentada
Não come, nem estuda
Não dorme, não quer nada...
Ela só quer
Só pensa em namorar
Ela só quer
Só pensa em namorar...
Mas o dotô nem examina
Chamando o pai do lado
Lhe diz logo em surdina
Que o mal é da idade
Que prá tal menina
Não tem um só remédio
Em toda medicina...
Ela só quer
Só pensa em namorar
Ela só quer
Só pensa em namorar...
Mandacaru
Quando fulora na seca
É o sinal que a chuva chega
No sertão
Toda menina que enjôa
Da boneca
É sinal que o amor
Já chegou no coração...
Meia comprida
Não quer mais sapato baixo
Vestido bem cintado
Não quer mais vestir de mão...
Ela só quer
Só pensa em namorar
Ela só quer
Só pensa em namorar...
De manhã cedo já está pintada
Só vive suspirando
Sonhando acordada
O pai leva ao doutor
A filha adoentada
Não come, num estuda
Num dorme, num quer nada...
Porque ela só quer, hum!
Porque ela só quer
Só pensa em namorar...
Mas o doutô nem examina
Chamando o pai do lado
Lhe diz logo em surdina
Que o mal é da idade
E que prá tal menina
Não tem um só remédio
Em toda medicina...
Porque ela só quer, oh!
Mas porque ela só quer, ai!
Mas porque ela só quer
Oi, oi, oi!
Ela só quer
Só pensa em namorar
Mas porque ela só quer
Só pensa em namorar
Ela só quer
Só pensa em namorar...